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O modal rodoviário é responsável pela maior parte do que é transportado no país.

Os caminhões de carga carregam 61,1% de tudo que circula no Brasil, segundo pesquisa de 2017, do DEPEC – Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos, em parceria com o Bradesco, sobre transporte rodoviário de cargas.

Após o transporte rodoviário, surge o ferroviário, com 20,7%, o aquaviário, com 13,6%, o dutoviário, com 4,2%, e o aéreo, com 0,4%.

Diante da situação apresentada, após a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, essa concentração nas rodovias foi muito questionada.

Mas será que é possível fazer diferente?

O transporte rodoviário no Brasil

Atualmente contamos com a terceira mais extensa malha rodoviária do mundo, que cortam o país de norte a sul.

A preferência pelo transporte rodoviário foi consolidada ainda na década de 1950 e se aprofundou nos anos seguintes.

As grandes obras rodoviárias eram símbolo de progresso e surgiam como uma forma de se levar desenvolvimento a determinadas regiões.

Para além dessas questões, porém, há um componente que não pode ser ignorado: a capilaridade do transporte rodoviário.

Em um país de dimensões continentais que possui uma grande variedade de tipos de terreno, as rodovias despontam com vantagens.

Por meio delas é possível alcançar áreas com maior facilidade e um custo menor em comparação a outras opções.

Os custos, aliás, são outros motivos que explicam do porquê nossas riquezas estarem em caminhões de carga.

De acordo com estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apenas o modal ferroviário se mostra competitivo em relação ao rodoviário em nosso país.

E isso, apenas para volumes de cargas mensais acima das 350 mil toneladas.

Vale lembrar, ainda, que, mesmo se houvesse um investimento na ampliação e modernização da malha ferroviária brasileira, as rodovias ainda teriam papel importante.

No mundo todo, as rodovias são utilizadas para ligar terminais ferroviários ou mesmo levar a carga até os vagões.

O transporte rodoviário também se mostra o mais versátil e flexível por atender uma ampla demanda de carga.

Porém, não podemos ignorar os problemas oriundos dessa concentração majoritária de um modal.

Além da ultradependência demonstrada na greve, que levou a uma crise de desabastecimento em poucos dias, há outras questões.

Como, por exemplo, o impacto ambiental, os congestionamentos nas cidades, gastos com saúde devido a acidentes de trânsito, dentre outros.

Todas essas questões, somadas aos desgastes de rodovias e veículos, levam a um aumento do custo de vida de maneira geral.

A solução passaria, portanto, em uma maior diversificação dos investimentos que busquem, inclusive, resolver gargalos logísticos.

E não basta sair construindo ferrovias. É preciso que esse investimento seja realizado de forma estratégica.

As ferrovias poderiam funcionar como corredores de exportação, ligando o interior produtivo aos portos, enquanto as rodovias continuariam a aproveitar sua capilaridade.

A intermodalidade, aliás, parece ser a opção mais sensata e capaz de produzir excelentes resultados futuros.

As mudanças na infraestrutura, porém, não ocorrem do dia para a noite. É preciso de planejamento e investimento do poder público para iniciar a mudança.

Até esse dia chegar, continuemos contando com os caminhões de carga, esses grandes aliados de nossa economia e desenvolvimento.

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Até a próxima!

Postado por: Osmar Oliveira – 4TRUCK | www.4truck.com.br 

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