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Por Paulinho

A circulação de caminhões rodando com peso acima do permitido é um dos problemas das estradas brasileiras. Além dos prejuízos à pavimentação, proporcionam riscos de acidentes tanto para os caminhoneiros quanto para outros motoristas.

Atualmente, no estado do Rio de Janeiro, nos quase sete mil quilômetros de estradas pavimentadas, existem apenas cinco balanças funcionando, todas em rodovias federais concedidas à iniciativa privada. Na capital, o problema também ocorre em vias municipais, como a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e outras. Além de pouco equipamento, falta fiscalização para combater o excesso de peso dos caminhões.

Em São Paulo, nas estradas estaduais, não há qualquer balança em funcionamento, admite o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). As fiscalizações são feitas com verificação de documentos. Como comparação, apenas nas rodovias estaduais, São Paulo tem 186 postos (a área do estado, no entanto, é mais de cinco vezes maior que a do Rio).

Para a PRF, caminhões que trabalham para pedreiras e areais também são o principal problema. “Esses caminhões causam transtornos ao trânsito. E são vários os riscos. Num caminhão com pedras, por exemplo, algumas podem se soltar pelo caminho, provocando um acidente. Outro risco é que esses veículos são projetados para um determinado peso, mas, se a carga a excede, a capacidade de frenagem diminuiu” disse o policial Leandro Xavier.

Só nas balanças da ANTT, no ano passado foram autuados 76.282 veículos. O excesso de peso é considerado uma infração média, com multa inicial de R$ 85,13, que aumenta a cada 200 quilos ou fração de excesso de peso apurados.

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