Via A Tribuna
Caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos conseguiram, com uma passeata pelas ruas da Cidade, ampliar as negociações com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a Prefeitura, para a criação de novas vagas de estacionamento em áreas próximas ao complexo marítimo.
O protesto da categoria começou pouco antes das 9 horas, quanto cerca de 50 caminhoneiros se reuniram e começaram a percorrer um trecho da Rodovia Anchieta, seguindo pela Avenida Martins Fontes até chegar ao Centro de Santos.
Os manifestantes reclamaram de proibições de estacionamento. “Não podemos parar em nenhum local. Dentro do Porto, a Guarda Portuária nos multa. Já nos bairros, é a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que vem com a punição”, reclamou o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sindicam), Rodrigo Felix.
“É muita carga transportada, muito ISS recolhido pelo Município por conta disso. E não nos oferecem nenhum espaço com estrutura para estacionar. Para os caminhoneiros, só sobra a multa”, reclama o motorista André Caramez.
O profissional conta que, na última semana, caminhoneiros ocuparam um terreno na Zona Noroeste, mas a Prefeitura ameaçou o grupo, prometendo chamar a Polícia Militar para que eles deixassem a área. O presidente do Sindicam afirmou que essa medida revoltou seus colegas. “Nós não somos bandidos estamos aqui para trabalhar”, disse.
O terreno em questão é uma área que foi cedida ao Município pela União, para a construção de unidades habitacionais e de um complexo viário para a entrada da Cidade.
“A gente não tem nada contra a construção de conjuntos habitacionais. Mas enquanto a obra não começa, poderiam nos deixar parar os caminhões ali até que se organizasse o terreno no Retão da Alemoa”, pondera Caramez, referindo-se a um espaço na Avenida Augusto Barata (Retão da Alemoa) onde a Codesp planeja implantar novas vagas para caminhões.
De acordo com a Autoridade Portuária, atualmente, os caminhoneiros contam com seis locais para estacionamento: na Avenida Augusto Barata, em frente ao Museu Pelé, na Rua Xavier da Silveira, entre os armazéns 8 e 11 e em outras duas áreas na Ponta da Praia.
Por meio de nota, a Prefeitura de Santos afirmou que “mantém diálogo permanente com a entidade representativa dos caminhoneiros, com quem busca conjuntamente a implantação do estacionamento em questão”.
Ao fim da passeata, os manifestantes sentaram na escadaria da Prefeitura, pedindo para serem ouvidos pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. O secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos, José Eduardo Lopes, recebeu o grupo.
“Ele (Lopes) garantiu que não vão chamar a Tropa de Choque para nos retirar do terreno, que ficaremos ocupando por mais algum tempo”, conta o presidente do Sindicam, Rodrigo Felix, que saiu do encontro com a promessa que uma reunião entre caminhoneiros, Codesp e Prefeitura deve ser marcada nos próximos dias para tratar do assunto.
Fonte: A Tribuna | www.atribuna.com.br
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