Desde a metade da década passada o Brasil experimentou uma explosão no número de pessoas que possuem aparelhos e linhas de telefone celulares, devido a fatores como: diminuição dos preços, aumento de renda e crédito, planos pré-pagos, maior concorrência, etc…
Hoje mais do que apenas fazer e receber ligações, os aparelhos acessam a internet e têm os mais variados aplicativos, o que estimula ainda mais o seu uso para diferentes tarefas em todos os setores da população, inclusive entre os motoristas profissionais, como os caminhoneiros.
Celular e direção: combinação perigosa
Embora o celular seja uma excelente ferramenta e que modificou completamente a forma como nos comunicamos, a sua utilização por motoristas enquanto conduzem veículos pode provar gravíssimos acidentes com conseqüências fatais.
Isso porque quando dirigimos até 95% das informações que necessitamos para administrar os riscos e tomar as atitudes necessárias estão relacionadas à visão, dessa forma quando desviamos o olhar para a tela do celular, é como se por aqueles segundos o motorista estivesse com os olhos vendados.
Além disso, ao se distrair com o aparelho o tempo de reação do motorista é afetado, para cima, em até 35%, sendo nesse sentido mais perigoso até que a ingestão moderada de álcool, onde o tempo de reação pode aumentar em a 12%.
Hoje mais do que atender ligações, a imprudência ao mexer no celular enquanto dirige está relacionada à leitura e reposta de mensagens, seja via sms, ou mesmo por aplicativos de trocas de mensagem como o WhastApp.
Nesses casos, o perigo pode ser ainda maior, uma vez que exige não apenas que o motorista retire as mãos do volante, como modifica completamente o foco na tarefa que estava realizando.
Embora nosso cérebro seja uma verdadeira potência, isso não faz com que sua capacidade de processar informações seja ilimitada, sendo assim quando realizamos mais de uma tarefa importante ao mesmo tempo existem altos riscos que uma delas saia mal.
Como resultado o número de acidentes relacionados a utilização do celular ao volante chega na casa de 1,3 milhões anualmente, segundo dados do Dpvat, mas esses números podem ser ainda maiores, uma vez que nem todos acidentes são registrados.
Se esses dados não são o suficientes para a mudança de postura de motoristas, vale lembrar que esse ano ocorreram mudanças em diversos itens da legislação de transito, incluso na infração da utilização do celular.
Além de incluir na lei os termos como “segurar” e “manusear”, aumentando sua aplicação, também passou a ser considerada infração gravíssima, passa a valer 7 pontos na carteira, além de um aumento de 244% no valor da multa que passa a ser de R$ 293,47.
O caminhoneiro consciente de seu papel no transito não utiliza o celular ao volante, estabelecendo práticas de direção seguras que busquem não apenas obedecer a lei, mas que evite ao máximo a possibilidade de acidentes.
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Postado por: Osmar Oliveira – 4Truck | www.4truck.com.br