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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) negocia com os bancos privados permitir que o repasse dos financiamentos de longo prazo para as cinco rodovias federais incluídas no Programa de Investimentos em Logística (PIL) seja feito por prazo inferior ao total do empréstimo, chegando ao mínimo de dez anos, mas não estuda elevar o teto de 2,0% de spread para o repasse.

Segundo o superintendente da Área de Infraestrutura do banco de fomento, Nelson Siffert, a expectativa do Bndes é de que as instituições privadas assumam quase um terço do total dos empréstimos às cinco rodovias.

“Temos convicção de que os bancos privados vão participar, não só pela mudança, mas por causa da qualidade dos projetos e dos empreendedores”, afirmou Siffert nesta terça-feira, 30, após participar do seminário Infraestrutura e Construção Pesada no Brasil, promovido no Rio pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Pela proposta, segundo Siffert, os spreads dos bancos repassadores serão escalonados. A taxa atual, para o cliente final, é de 2,0%: o Bndes fica com 0,5% e o banco repassador, com 1,5%. A instituição que optar por fazer o repasse por prazo inferior ao total (de 25 anos, conforme as condições dos empréstimos às rodovias do PIL) receberá uma taxa menor pela operação e a que escolher fazer a operação por todo o período poderá cobrar o teto de 1,5%.

Como o custo final ao cliente permanecerá o mesmo, não haverá alteração nas condições de financiamento colocadas pelo Bndes antes dos leilões de concessão.

O Bndes já aprovou todos os empréstimos-ponte para as cinco rodovias leiloadas ano passado e analisa no momento os financiamentos de longo prazo. As novas condições de repasse para os bancos privados valerá para esses financiamentos, mas, segundo Siffert, ainda não há prazo para uma definição. A previsão inicial do Bndes é aprovar os empréstimos de longo prazo até meados do ano que vem.

O governo estuda uma elevação nesses spreads para os empréstimos às próximas estradas federais a serem leiloadas no PIL, como informou o Broadcast semana passada, mas, segundo Siffert, a elevação do teto de 2,0% não está em negociação no momento.

Fonte: Jornal do Commercio (POA)