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O Actros, caminhão extrapesado da Mercedes-Benz, ficará mais competitivo no mercado brasileiro a partir do começo de 2015. A montadora enfim concluiu o processo de alcançar o índice de 60% de nacionalização (em peso e valor) do veículo produzido na planta de Juiz de Fora (MG). Dessa forma o modelo pode ser comprado com 100% das condições oferecidas pela linha de financiamento Finame/BNDES. “Atendemos o mínimo exigido, mas temos planos para aumentar ainda mais o conteúdo local para termos uma folga para trabalhar em relação a custos”, explica Erodes Berbetz, diretor de compras da companhia para o Brasil. O anúncio foi feito na terça-feira, 9, durante a entrega do 23º Prêmio Interação, que reconhece os fornecedores da companhia que mais se destacaram (leia aqui).
Com índice de localização de 60%, o cliente interessado em comprar um Actros poderá fechar o negócio com as condições especiais da linha de crédito subsidiada, como taxas de juros baixas, prazos mais longos e valor de entrada menor ou inexistente. “Ainda não sabemos quais serão as condições para o ano que vem, mas cumprimos o nosso papel”, destaca o executivo, lembrando que o governo ainda não determinou se manterá as regras atuais do PSI/Finame, encerrado na semana passada.
 Até agora o Actros era vendido no Brasil com cerca de 40% de conteúdo local. Dessa forma, o caminhão só podia acessar 80% do que é oferecido pelo Finame/BNDES. A etapa final para que o modelo alcançasse o índice necessário era a nacionalização do motor. O propulsor OM 475 já é fabricado na planta da companhia em São Bernardo do Campo (SP) com bloco usinado pela Tupy. O motor já equipava o Axor, mas recebeu nova calibração para atender as necessidades do extrapesado.
A Mercedes-Benz começou a importar o Actros para o Brasil em 2011 e iniciou a montagem do modelo na planta mineira no ano seguinte. O projeto de localizar a produção do modelo absorveu parte importantes dos investimentos recentes feitos pela Mercedes-Benz no País. Em 2010 a montadora anunciou que aplicaria R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 450 milhões foram destinados à conversão da planta de Juiz de Fora para a produção de caminhões. Em 2012 a empresa declarou que aportaria mais R$ 1 bilhão no Brasil, grande parte destinada na nacionalização do caminhão.
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